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Assim como tudo em nossa sociedade, a infância já é digital. Afinal, 1 em cada 3 usuários de internet em todo o mundo é uma criança. No Brasil, 94% das crianças e adolescentes acessam a web diariamente. E o investimento em publicidade digital já soma R$ 14,8 bilhões.
Crianças também precisam ser protegidas da exploração comercial infantil no meio digital. Aliás, esse é um direito delas. Mas não é isso que acontece. Pelo contrário, ainda há muita publicidade infantil na internet. Grande parte dela ocorre de forma velada, como nos vídeos de unboxing de produtos e outros conteúdos de influenciadores digitais patrocinados por marcas. Há, ainda, a coleta de dados pessoais e direcionamento ilegal de publicidade infantil comportamental em sites e redes sociais. Ou seja, anúncios que levam em conta as preferências da criança, uma prática que vem sendo chamada de publicidade de vigilância. Sem falar nos advergames e outras formas de publicidade infantil dentro de jogos e aplicativos. O mundo digital é dinâmico e as formas de violar os direitos das crianças nele também acabam sendo.
Um dos caminhos para tornar a internet mais segura é levar em conta o direito das crianças por design. Isso significa considerar e respeitar as necessidades da infância desde a fase inicial de concepção e desenho de produtos e serviços. Este é justamente um dos temas do Comentário Geral N. 25 sobre direitos das crianças no ambiente digital lançado pelo Comitê dos Direitos da Criança da ONU. E o programa Criança e Consumo participou ativamente da elaboração deste documento.
O que pode ser feito
Algumas iniciativas e materiais para te ajudar a continuar essa conversa:
Qual a relação entre publicidade infantil de brinquedos plásticos
e impactos ambientais?
90% dos brinquedos são de plástico. Como reduzir o impacto disso
no dia a dia?
Trocar pode ser muito melhor do que comprar! Conheça a Feira
de Trocas de Brinquedos
Publicidade infantil ensina desperdício
Até 12 anos de idade, as crianças são hipervulneráveis aos estímulos à sua volta, e isso inclui as mensagens comerciais a elas direcionadas. Por isso, essa é uma prática não apenas ilegal, mas, extremamente, antiética. E, quando a publicidade se camufla em conteúdos de entretenimento, a persuasão acontece de forma ainda mais injusta!
É o caso, por exemplo, dos vídeos de unboxing performados por influenciadores mirins. Neles, as crianças abrem “presentes”, brinquedos e produtos variados para mostrá-los à sua audiência, também infantil. Em muitos casos, o que está sendo incentivado são comportamentos insustentáveis e de grande impacto para o meio ambiente. Um exemplo disso são os vídeos de unboxing da boneca L.O.L Surprise! Essa pequena boneca teve suas vendas alavancadas, principalmente, pela estratégia de divulgação massiva do produto por youtubers mirins. Envolta em inúmeras camadas de plástica, a boneca e seus acessórios só são revelados quando a criança abre todas essas embalagens O resultado: estima-se que o volume de bonecas vendidas nos dois primeiros anos de lançamento do produtos teria gerado um descarte imediato de plástico capaz de dar 24 voltas em torno da Terra!
Denuncie!
Qualquer pessoa pode denunciar publicidade infantil, e isso é um instrumento muito importante. Afinal, como determina o art. 227 da Constituição Federal, devemos proteger nossas crianças em uma responsabilidade compartilhada. Isto é, empresas, sociedade e Estado devem fazer seu papel, em um conjunto de esforços, pela defesa da infância!